O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou, no Supremo Tribunal Federal (STF), que divulgou o relatório do Instituto Voto Legal (IVL) sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas por pressão de deputados. “Foi, inclusive, contra minha vontade”, afirmou o líder partidário, em oitiva nesta terça-feira (15/7) na condição de testemunha da ação que apura tentativa de golpe em 2022.
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Costa Neto acrescentou que a decisão gerou uma multa de R$ 22,9 milhões ao PL: “Foi um prejuízo enorme para o partido”. Em 22 de novembro de 2022, o PL usou o relatório do IVL para ajuizar uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando as urnas eletrônicas e o resultado do segundo turno das eleições de 2022. Porém, não questionou o resultado do 1º turno, mantendo assim, a votação dos membros dos Legislativos nacional e estadual.
Na época, a coligação de Bolsonaro pediu ao TSE para invalidar os votos decorrentes de urnas dos modelos 2009, 2011, 2013 e 2015 que teriam “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” e, com isso, modificar o resultado do segundo turno das eleições de 2022.
Contudo, o ministro Alexandre de Moraes e o plenário do TSE entenderam que a ação buscava apenas tumultuar o processo eleitoral. Nesta terça-feira (15/7), o STF ouve as testemunhas dos núcleos de desinformação e dos militares.